Potencial da madeira de Pinus glabra para produção de polpa celulósica
DOI:
https://doi.org/10.21829/myb.2020.2632058Palabras clave:
conífera, anatomia da madeira, composição química, qualidade da madeira.Resumen
Há mais de um século as espécies de Pinus estão presentes no Brasil, com destaque para o Pinus taeda, com aplicações em diversos setores. Entretanto o Pinus glabra, objeto deste estudo, não conta com muitas informações sobre o potencial tecnológico de sua madeira. Assim o objetivo do estudo é inferir sobre a qualidade da madeira do P. glabra para produção de polpa celulósica, comparando-a ao P. taeda, principal espécie empregada para fabricação de polpa celulósica de fibra longa no Brasil. Para isso foram abatidas quatro árvores, das quais retiraram-se discos visando a caracterização física, química e anatômica da madeira. Em relação a densidade básica (massa seca/volume verde), observaram-se os valores médio e ponderado de 0,421 g/cm-3 e 0,424 g/cm-3, respectivamente, o que a classifica como de baixa densidade. Na caracterização anatômica obtiveram-se os valores médios de comprimento de 3,14 mm, largura de 27,18 µm, diâmetro do lúmen de 15,39 µm e espessura da parede de 5,89 µm dos traqueídeos, que resultaram em 44,72%, 55,28%, 0,90 e 120,72 para os parâmetros de fração parede, coeficiente de flexibilidade, índice de Runkel e índice de enfeltramento, respectivamente. Para a composição química foram observados baixos teores de cinzas (0,25%) e extrativos (1,91%), e teores intermediários de lignina (29,93%) e holocelulose (67,91%). Desta forma a madeira de P. glabra apresenta potencial para produção de polpa celulósica, o qual deve ser comprovado por meio de ensaios de polpação.
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